Em abril deste ano, a Índia tornou-se o país mais populoso do mundo. A estimativa da ONU é que a Índia tenha uma população de 1,428 bilião de habitantes, enquanto a China tem 1,425 bilião. Esta é a primeira vez em séculos que a China não é o país mais populoso do mundo.
Os dois países estão em direções opostas, em 50 anos (2071), a demografia da Índia vai crescer 19%, enquanto a China vai reduzir 25%.
As projeções da população mundial são baseadas em uma série de fatores, incluindo taxas de fertilidade, mortalidade e migração. Estas taxas são difíceis de prever com precisão, por isso é possível que as projeções da população mudem no futuro.
A maioria do crescimento populacional até 2071 deverá ocorrer nos países em desenvolvimento, principalmente em África.
- África: +127%
- Ásia: +10%
- Europa: -13%
- América do Norte: +16%
- América Latina e Caraíbas: +12%
- América Central: +17%
- América do Sul: +10%
- Oceania: +42%
Apesar da Ásia crescer, as suas principais economias estão em sentido oposto, além da China(-25%), Japão(-29%) e Coreia do Sul(-32%).
O declínio populacional tem um efeito perverso nas economias. As populações ficam envelhecidas, com poucos jovens. Financeiramente terá custos devastadores para a economia e finanças públicas. As despesas com saúde e com pensões serão elevadíssimas e a arrecadação fiscal será baixa, existem poucos jovens a trabalhar.
Europa
A Europa é o único continente em regressão.
A lista inclui países da Europa e a América do Norte, com mais de 1 milhão de habitantes:
A Bulgária é a que tem a pior estimativa, -40% em 2071. São 17 países com queda superior a 20%, incluindo Portugal.
Os números na Europa só não são piores, devido à imigração, sobretudo de África e Ásia. Minimiza o problema da demografia, mas cria outros problemas internos.
Portugal
Por curiosidade foi perguntar ao Google Bard, sobre Portugal.
“De acordo com um estudo publicado na revista Lancet em 2020, a população de Portugal poderá cair para cerca de 5 milhões de habitantes em 2100. Este declínio é resultado de uma combinação de fatores, incluindo uma baixa taxa de fertilidade, uma alta taxa de emigração e o envelhecimento da população.
A taxa de fertilidade de Portugal é atualmente de 1,3 filhos por mulher, um valor abaixo do nível de reposição da população, que é de 2,1 filhos por mulher. Isto significa que, em média, cada mulher está a ter menos filhos do que o necessário para substituir a si mesma e ao seu parceiro.
A taxa de emigração de Portugal também é elevada. Em 2022, estima-se que cerca de 300 mil portugueses tenham emigrado do país. A emigração é motivada por uma variedade de fatores, incluindo a falta de oportunidades de emprego, o baixo nível de salários e a crise económica.
A população de Portugal está a envelhecer. Em 2023, a idade média da população portuguesa é de 46 anos. A população idosa está a crescer mais rapidamente do que a população jovem, o que está a colocar uma pressão sobre os sistemas de saúde e pensões.
Estes fatores estão a contribuir para um declínio da população portuguesa. Em 2100, Portugal poderá ter uma população de apenas 5 milhões de habitantes, o que representa uma queda de mais de metade da população atual.
O AI utilizou um estudo diferente, ainda mais pessimista.
É curioso que a AI compreendeu e enumerou os problemas, mas os políticos portugueses ainda não entenderam. Ou será que não querem entender.
Voltando à estimativa das Nações Unidas, serão 8 milhões de habitantes em 2071 e 6,8 milhões em 2100.
É avassalador o resultado, 6.8 MILHÕES, são menos 33% em 77 anos..
Que futuro vai ter este país?
Muito em breve os idosos(+70 anos) vão superar os mais jovens(0-19 anos). Os adultos ativos(20-69) vão ter uma grande queda até 2050, são estes a força trabalhadora do país.
Isto é uma bomba relógio, para os fundos de pensões. O ponzi vai rebentar, é inevitável.
Uma população com mais de 30% de idosos, onde virá o dinheiro para as pensões e para os custos de saúde.
No início do ano, eu escrevi um texto sobre o problema dos fundos de pensão, não vale a pena repetir aqui. Eu também escrevi um texto sobre a riqueza mundial, onde a demografia tem um papel fundamental.
São dois textos para refletir.