A obsessão cega para a descarbonização está a levar as pessoas e políticos a tomar medidas/ações irracionais, histéricas e com toques totalitários. Para existir uma verdadeira transição energética, essa deve ser planeada e não pode ser realizada em cima do joelho, como está agora a ser feita.
Esta histeria começa logo no topo, em altos cargos políticos, como o vídeo criado pela ONU.
Durante uma manifestação, os alunos fecharam a escola e recorde-me a declaração de uma adolescente para a jornalista:
“Não vale apenas estudar, porque daqui a meia dúzia de anos estamos todos mortos”.
O fundamentalismo não está a acontecer só de um lado, está a acontecer de ambos os lado. Tanto do lado dos negacionistas, como no lado que fazem acreditar que vamos todos morrer amanhã. O meio, o centro é o equilíbrio de tudo.
A transmissão de mensagens fundamentalistas, como o caso do vídeo, estão a criar mais problemas, em vez de soluções. Eu concordo que devemos descarbonizar a economia, mas essa mudança deve ser planeada, feita com racionalidade e sem histerismo.
Este histerismo, indiretamente, está a causar mais mortes do que as alterações climáticas. O mundo, especialmente a Europa devido a pressões destes movimentos, fechou centrais termoelétricas de carvão e substituiu por gás. O Putin viu que a Europa estava debilitada devido ao Covid e fortemente dependente do gás russo, era o momento certo para atacar a Ucrânia. Assim o fez, agora a Europa anda a financiar a guerra dos dois lados, a Ucrânia com armamento e ao mesmo tempo a financiar a Rússia, através do gás.
Esta guerra criou uma crise energética na Europa, sobretudo no inverno passado, mesmo em plena crise, a Alemanha fechou as suas centrais nucleares, devido a pressões de ambientalista fundamentalista. Não faz qualquer sentido fechar as centrais nucleares quando estamos em crise, e muito menos faz sentido reabrir as centrais de carvão. Não seria mais inteligente manter as centrais nucleares abertas, por mais meia dúzia de anos até que seja criada uma energia alternativa, a energia nuclear é a menos poluente.
Fundamentalismo
Mais que uma crise energética, a Europa está com uma crise de valores e sobretudo de inteligência.
Depois aprovam projetos que abatem árvores para colocar painéis solares, onde está a racionalidade disto…
Estes movimentos ambientalistas estão a ser bipolares, ao mesmo tempo que defendem os carros elétricos, são contra a exploração de lítio.
Como é que querem fazer as baterias para os carros elétricos?
As eólicas também parecem ser um problemas para as aves.
Eu começo a chegar à conclusão que a solução aceite pelos ambientalistas é andarmos a pé e viver à luz da vela.
A irracionalidade já começa a se transformar em estupidez, agora são movimentos que então esvaziaram os pneus de suv ou jeep.
A loucura está a chegar à alimentação, desde da possibilidade de confiscar exploração agrícolas, taxar os peidos das vacas ou de usar latrinas.
Se não podemos comer carne, vamos comer o que? Soja?
A soja é a principal responsável pela desflorestação, a nível mundial.
Assim temos que juntar, além do andar a pé e viver à luz da vela, a alimentação à base de ar…
Fora de brincadeira, qualquer coisa que fazemos terá sempre impacto ambiental, temos que optar pela que tem menos impacto e que seja equilibrada e racional.
Futuro
Eu acredito que o futuro da energia será a fusão nuclear, mas isso só acontecerá dentro de algumas décadas, espero ainda estar vivo para ver a dominância desta energia.
Mas até lá, temos mais de 8 mil milhões de pessoas para sustentar e a solução é a diversificação de fontes de energia, onde os principais intervenientes serão a fissão nuclear, eólica e solar e como backup o hídrico e o gás.
Nos meios de transportes a opção são os elétricos e o hidrogénio.
O solar e o eólico tem um grande problema, são energia intermitentes e não controláveis, estamos dependentes das condições meteorológicas. Por esse motivo é importante ter energia backup, sempre que existir pouco vento ou sol, essa energia entra em ação, são elas a hídrica e o gás. No caso de Portugal temos um outro problema, anos após anos chove menos e estamos quase sempre em seca, vamos produzir cada vez menos energia hídrica.
Estas energias intermitência irão causar um grande problema no futuro.
A capacidade mundial de produção de eletricidade a partir de fontes renováveis deverá multiplicar-se por três este ano face ao aumento dos preços dos combustíveis fósseis e as preocupações com a segurança energética, dois fatores que, segundo a Agência Internacional de Energia “impulsionam uma forte implantação da energia solar fotovoltaica e eólica“. in Eco
No mundo, as renováveis estão com um crescimento muito acelerado, mas este crescimento não está a ser acompanhado com a construção de equipamentos de armazenamentos de emergência. Isto significa que em breve vamos ter um grande problema, com o excesso de produção.
Isto é mais um exemplo crasso de falta de planeamento e visão a longo prazo, de políticos que só pensam na próxima eleição. Outro problema é que as tecnologias de armazenamento ainda não estão muito desenvolvidas.
Em Portugal apenas temos barragens que fazem a bombagem da água, outros países têm projetos com baterias em tamanho industrial, mas não é suficiente terá que ser criadas ou desenvolvidas novas ideias mas isto vai demorar muitos anos. Mas o problema do excesso de produção será para breve.
De problema a solução
Este excesso de produção vai ter um custo elevado para as populações. Daqui a meia dúzia de anos, quando esse excesso de energia for mais regular, os políticos vão finalmente perceber que tem um grave problema em mãos e possivelmente a única solução a curto prazo é o mineração de Bitcoin (POW).
Quero ver como vão descalçar esta bota, durante anos demonizaram o POW, agora será a solução…
Como se tem provado no Texas, o POW é a solução ideal para o balanceamento da grid.
No seguinte gráfico é sobre o funcionamento do grid no Texas. O POW apenas funciona quando existe muita produção de energia. Sempre que existe o pico de consumo, naturalmente o preço da energia aumenta e as máquinas de *mining *são desligadas.
Quando realmente existir o problema, daqui a 4 a 5 anos, espero que a má imagem criada por políticos e transmitida à população esteja ultrapassada.
A utilização do gás metano, ainda está numa fase inicial, mas vai crescer nos próximos anos, terá um papel fundamental para essa mudança. Eu acredito que isto vai provocar uma mudança, de como as pessoas olham para o Bitcoin, vão finalmente perceber que não está a destruir o ambiente.
Na realidade o POW, nunca foi um problema para os políticos, apenas uma desculpa, o verdadeiro problema é que os políticos querem evitar a adoção do Bitcoin. Os políticos são desonestos, não querem perder o poder de imprimir infinitamente dinheiro, de colocar o povo a pagar pelos erros que eles próprios cometeram. A expansão monetária é um imposto oculto.
Os políticos querem evitar que as pessoas olhem para o bitcoin como uma moeda alternativa, como uma reserva de valor, já que as moedas FIAT perderam essa característica em 1971. Este é o verdadeiro medo dos políticos, as populações descartam as moedas estatais.
Nunca esquecer que estes são, os principais objectivos do Bitcoin:
- Separar o poder político, da política monetária.
- Reserva de valor
Se o problema é apenas a poluição, porque os políticos não proíbem apenas a mineração que utiliza energias de origem fóssil? Mas não, os políticos estão a tentar proibir toda a mineração, mesmo aquela que tem obrigação renováveis ou através de metano.
As proibições e limitações não acontecem apenas na mineração, as regulamentações aprovadas nos últimos tempos estão restringindo a utilização do Bitcoin e a sua auto-custódia.
Texto originalmente publicado em