Ontem a Apple colocou mais um prego no sistema financeiro atual, começou agora nos EUA.
A Apple acaba de consolidar mais um passo na ampliação da oferta de serviços financeiros. Após lançar produtos como o Apple Card, Apple Cash e Daily Cash, a empresa se uniu ao Goldman Sachs para lançar uma conta poupança que, segundo a empresa, remunera até 10 vezes mais que a média nacional nos Estados Unidos. O serviço foi lançado para aqueles que possuem o Apple Card, cartão de crédito da empresa.
Na onda de juros altos pela qual o país passa, a promessa da Apple é de um retorno de 4,15% ao ano A rentabilidade, entretanto, pode mudar sem aviso prévio, a depender da situação das taxas praticadas nos Estados Unidos. in valorinveste.globo.com
A Apple já tinha serviço de pagamentos e de cartão de crédito, mas agora ao entrar nos serviços de poupança poderá ser mais disruptivo. Os bancos dos EUA estão com um grave problema de liquidez, pode provocar uma fuga de capital dos pequenos bancos para a Apple, poderá provocar muitas falências, os 4,15% de juros é muito apetecível. Estes serviços da Apple estão a ser assegurados por bancos, no caso da conta poupança é o Goldman Sachs, mas num futuro bem próximo a Apple, vai descartar os bancos e vai criar o seu próprio banco (ou compra um já existente).
Os bancos tradicionais como nós conhecemos atualmente, estão condenados por culpa própria, não se modernizaram e estão a ser ultrapassados. Primeiro apareceu o Bitcoin, depois as fintech, a Libra e agora as BigTech. A Libra do Facebook foi a única que foi parada/proibida pelos bancos centrais, o projeto era demasiado audaz, mas este movimento das bigtech será imparável e vai dar mais motivos e acelerar as CBDCs.
O Elon Musk não esconde que o objectivo da compra do Twitter, é criar uma espécie de WeChat, mas ainda está muito atrás da concorrência, a Apple está na dianteira, a Google certamente vai seguir o mesmo caminho.
Com as apps com tudo incluído das bigtech, até serviços bancários, os bancos tradicionais possivelmente só têm um caminho, transformando-se num banco de investimentos de clientes com bastante capital, nos créditos elevados (como casas e carros) e especializarem-se no mercado empresarial. O pequeno retalho será engolido pelas bigtech.
Mas de todas as inovações que surgiram, o #Bitcoin é o único com o objetivo mais profundo, de reformar a política monetária e consequentemente do sistema bancário. Uma grande parte dos problemas políticos, sociais, financeiros e bancários são consequências de uma política monetário desastrosa, com a correção da mesma, naturalmente muitos desses problemas são auto corrigidos.
O curioso é que os bancos centrais, lutam com todas as forças contra o #bitcoin, mas pouco fazem contra as bigtech, que já são grandes demais, já tem mais poder que muitos países, e continuam a crescer sem serem paradas. A centralização nunca é boa ideia e quando essas empresas recolhem, usam e abusam das informações pessoais e financeiras dos seus clientes para proveito próprio, em qualquer situação um bigbrother é uma péssima ideia, quer seja criada pelo estado ou por uma empresa privada.